quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Semana corrida!


Que semana atazanada! Acho que é porque vou viajar rapidinho na sexta feira pra Praga por 2 dias e depois Amsterdam por mais 2 dias... jogo rápido, tenho que aproveitar que estou aqui pertinho, né?!

Tenho sempre a impressão de que a semana antes de qualquer viagem, curta ou longa, é sempre muito mais agitada do que as outras... É gato voltando pra casa depois de ser castrado, proposta de layout pra uma revista Russa tendo que trabalhar com textos em cirílico,  oftalmologista, sapato perdendo o salto e tendo que ir pro conserto, pendências eternas com o maldito Banco do Brasil, aniversário de amigo chegando...

Enfim, fiquei tão louca nesses últimos dias que não consegui fazer nada muito elaborado na cozinha... aliás, essa foi a semana do improviso, tudo jogo rápido e gastando criatividade pra transformar ingredientes em comida! Nessas horas a coisa mais inteligente a fazer é comer fora. Felizmente perto de casa tenho algumas muito boas opções de cozinhas variadas, e um dos meus favoritos é o Wagamama, que é uma cadeia de restaurantes de "pan-asian inspired noodle restaurant" como eles mesmo se definem.  No restaurante, mesas e bancos longos, comida servida super rápido, ambiente totalmente informal (nada de marcar encontro romântico!).


O cardápio vai de gyoza e camarão empanado para entrada, noodles (fritos ou como sopa), curries variados, sucos naturais e sobremesas diferentes. Um prato que eu AMO é esse da foto, Ebi Raisukaree, que é camarão frito num curry de côco e limão servido com arroz tailandês e bastante coentro. Simplesmente fantástico. Ainda estou buscando essa receita para tentar fazer em casa!

Por enquanto vou ficando na correria e ansiosa pra beliscar delícias holandesas e tchecas! Prometo compartilhar!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Deu gato na cozinha


Em agosto do ano passado apareceu um gatinho preto no nosso jardim, veio meio curioso fuxicar aqui em casa. Sempre fui mais de cachorro mas  como não resisto a um bichinho fui logo alisá-lo. E ele não fugiu, aceitou numa boa. Não tinha idéia de onde vinha aquele gatinho tão magrinho e logo pensei que não tivesse dono. Aí ele ficou com a gente nesse dia, depois sumiu, voltou no dia seguinte, foi ficando mais confiante, adorava um colo, sofá... Aí ganhou ração, uma caminha... dormiu uma noite, duas... e foi ficando!

Logo descobrimos que o dono era o vizinho do lado mas aí já era tarde: o gato já era de casa. E é até hoje. Conversamos com o vizinho, explicamos que gostávamos muito da presença dele e "combinamos" que a guarda compartilhada era uma boa. Ora ele fica aqui, ora fica lá com o vizinho. E é uma companhia danada: ele sempre fica me observando quando estou cozinhando e é o mascote oficial da minha cozinha. É ótimo também para manter os camundongos longe daqui, já que Londres tem zilhões de ratos para cada habitante e já tivemos alguns zanzando pela casa (argh! detesto, perco a paz quando aparece algum vestígio). Ah, e adora quando faço sushi porque sempre acaba ganhando umas aparinhas de salmão!

Essa semana recebi a autorização da proprietária do apartamento para instalar uma portinha de gato para ele poder entrar e sair quando quiser e não mais me acordar às 5 da manhã quando está apertado para fazer as necessidades dele, já que não temos (e nem queremos) ter caixa de areia em casa. Felicidade plena! Ah, e o dono dele resolveu levá-lo para castrar, o que é ótimo porque vai dar uma melhorada nas brigas que ele andava tendo. Felizmente a cirurgia correu bem e ele já está se recuperando. Depois de ficar três dias no vizinho sem poder sair de casa (apesar de uma ou outra escapadela), voltou hoje a frequentar a casa, feliz da vida! Já estava com saudades!

E eu, que sempre fui muito fã de cachorro, acabei caindo de amores por esse pretinho safado que atende pelo nome de "Seu Gato". Por mim ele vai ficando! :)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Temaki


Dia desses me deu vontade de novo de comer sushi. Isso significa colocar a mão na massa e num instante produzir um jantarzinho japonês básico. Como sou sempre muito exagerada e faço comida para alimentar um batalhão de esfomeados, me deparei com uma sobra de arroz que me fez ter a brilhante idéia de enrolar um temaki, o famoso koni.

Nunca tinha feito e precisei dar uma estudada nas proporções da alga, arroz e recheio. Fiz o primeiro de teste, com salmão, cream cheese e cebolinha. Ficou todo troncho, mas serviu para entender onde estava dando errado. O segundo, que é esse aí da foto, fiz de salmão skin com cream cheese e cebolinha e ficou bacana. Mais uma vez confirmo que a melhor coisa para aprender é tentar, errar, entender onde deu errado e insistir, insistir, insistir até acertar. Uma hora dá certo! Fica a dica!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Espetinho de camarão


Aproveitando a dica da Jú do blog Delícias da Cozinha lá de Casa resolvi fazer os Camarões no Palito. Fui bem fiel à receita, mas em vez do camarão cru usei um pré cozido, muito comum nos supermercados daqui, e adicionei um pouco de vinho branco ao marinado. Ficaram muito gostosos.
Minha dica é usar uma frigideira bem quente na hora de fritar os camarões para não dar água e formar a casquinha crocante e dourada por fora e não cozinhar demais para não ficar duro. Eu servi com uma saladinha de alface com molho ceasar, parmesão e croutons. É uma excelente combinação para um prato de entrada e o preparo é muito simples!  

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E quem ganhou presente foi a cozinha!


14 de fevereiro é celebrado o Valentine's Day. Aqui na Inglaterra é uma data super forte e não só comemoram os namorados como os amigos também. As lojas se preparam para boas vendas e muitas promoções ficam no ar... E aí é que mora o perigo.

Em dia de São Valentim quem acabou ganhando presente foi a minha cozinha. Aproveitamos a morte horrível da nossa torradeira velhinha para arranjar uma substituta mais arrumada. Aí, no melhor esquema leve 2 e o terceiro sai de graça, pensamos que seria também uma boa aposentar a sanduícheira cacareco e arranjar um grill George Foreman (sempre quis um!) para pôr no lugar dela. Como o terceiro item era cortesia da casa, veio o kettle (uma chaleira elétrica que ferve água num instante) de lambuja.

Ah, e como frescura pouca é bobagem, resolvemos comprar todos eles da mesma marca e vermelhinhos para combinar com a cafeteira. Agora temos equipamentos super combinantes e bacanas.

Adoro o dia dos namorados! :)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ervas frescas


Aproveitei o fim de semana para uma ida boa ao mercado. AMO mercado e posso passar horas olhando os produtos... acabo ficando super desfocada: entro para comprar carne saio com sorvete. Tipo isso.

Uma das coisas bacanas dos mercados daqui é venderem as as ervas frescas em vasinhos (e super baratinhas). Já tenho uma "hortinha" na cozinha mas confesso ausência total de dedo verde... Elas até sobrevivem por um tempo mas uma hora ou outra acabam passando dessa pra uma melhor. Por isso resolvi moralizar a horta e plantar tudo de novo. Agora é só colocar a mão na massa e passar as ervinhas para vasos maiores e aproveitar!
Recomendo! É ótimo ter os temperos à mão!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Café para começar bem o dia!


Quando cheguei a Londres consegui ficar alguns meses vivendo das economias e só aproveitando. Mas como todo mundo sabe, economias não duram para sempre e tive que me virar. Como estudante de inglês e com o visto permitindo apenas trabalho part-time era praticamente inviável conseguir alguma coisa como designer e aí fui atrás de algum trabalho de garçonete. Sem experiência alguma no currículo, fui vetada em várias entrevistas até que um dia me aceitaram em uma deli-mercadinho-lanchonete de produtos orgânicos. Minhas funções eram preparar e servir sanduiches, saladas, frios, atender e vender os clientes que estavam lá para comprar itens do mercado e fazer café, muitos cafés, tema do post de hoje.

Peguei gosto pela coisa. Nunca tinha feito um espresso numa maquinona daquelas profissionais. Fui aprendendo pouco a pouco. Aqui na Inglaterra é difícil alguém beber espresso puro, as pedidas sempre são o Americano (1 parte de espresso para 5 partes de água, o que apelidei de chafé), Latte (café com leite), Capuccino e Moccacino (cappucino com um pouco de chocolate). Deixar o leite no ponto certo para cada uma das bebidas é a parte mais difícil: se esquentar de menos ou de mais para o latte a bebida fica aguada, se não posicionar o negocinho do vapor no lugar certo o leite não faz a espuma necessária para o capuccino... cheio de regrinhas.


Me rendeu muita pesquisa na internet e muitas tentativas. Mas achei muito legal aprender mais sobre o café. Tanto que minha maior obsessão virou fazer "latte art", que é basicamente  "desenhar" com o leite na hora de preparar a bebida. Poucas vezes deu certo, tem que ter além do ponto certo do leite (que já faço legal) a mão pra criar o desenho. Aí é que pega!


Ah sim, e de tanto falar de café a casa acabou ganhando uma maquina de espresso toda engatilhada e super charmosinha para eu continuar praticando (já que não estou mais trabalhando). Uma das experiências rendeu esse deseinho da foto... uma tentativa de fazer uma folhinha, um dos mais comuns no latte. Já fiz melhores, mas a que saiu na foto foi essa (prometo que se sair uma outra melhor boto aqui)! Sigo tentando.


Não satisfeita só com a cafeteira, comecei a comprar acessórios como a leiterinha de metal, o termômetro para não errar a temperatura do leite, um recipiente para descartar o café usado (combinando com a cafeteira) e uma das minhas paixões: xarope de baunilha, para misturar no café com leite e dar um gostinho irresistível! Isso aprendi nas minhas idas diárias, no intervalos da aula de inglês, ao café Costa (um concorrente do Starbucks só que muito melhor) que serve Latte com sabores variados (caramelo, baunilha, gengibre, canela...).

Agora, além de quase diariamente começar o dia com um bom café com leite, também tenho na cozinha um cantinho do café que dá um charme todo especial!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Comida Japonesa


Lembra que falei daquelas facas lindas coloridas nesse post aqui?
GANHEI O KIT VERMELHO (com amolador e tudo!)! Presente do Marcelo, super surpresa! Já estava agoniada com as minhas facas que não cortavam nada, super cegas! Foi mesmo um presente para dar ânimo novo na cozinha. Fiquei tão feliz que resolvi retribuir, inaugurando a vermelhinha, fazendo um sushi. Já vou avisando que não é a faca ideal para sushi porque ela tem a lâmina fina e é super leve, mas como corta que é uma coisa de louco, deixei minha faca de sushi descansando e mandei ver.

Sushi é uma coisa meio "ame-o ou deixe-o" mas posso dizer, por experiência própria, que não é bem assim. Já fui do tipo que tinha mesmo que cospir o sushi porque não aguentava o gosto... mas fui insistindo, dando chance e um dia achei a coisa mais deliciosa do mundo. E nunca mais parei de comer. Até aprendi a fazer.

Todo mundo acha que fazer sushi é uma coisa de outro mundo. Não é. Nunca fiz curso. Tudo que aprendi foi buscando na internet, experimentando e observando (vale a pena pegar um lugarzinho no balcão do restaurante japonês pra ficar observando o sushi man preparando as coisas). Um dos primeiros lugares que busquei receita foi no site de culinaria japonesa do Terra. é de lá inclusive a receita que uso para fazer o arroz. É a mais simples e sempre dá certo. Juro que não tem mistério, é só não deixar o arroz muito molhado.


Uma coisa importante é a esteirinha para enrolar o makimono (os enroladinhos) porque sem ela os bichinhos ficam meio desajeitados... e é também importante enrolar bem apertadinho pra ficar tudo bonito.
Para o sahimi e sushi uso sempre salmão e as vezes atum. Não sou muito fã de peixe branco. A dica na hora de comprar o peixe é passar a mão nele (na carne, não na pele) e cheirar. Não deve ter cheiro algum de peixe. O salmão fresquinho, inclusive, tem até um cheiro com "notas de melancia". Ah, e o ideal é comprar os peixes com uma espessura boa, para garantir sashimis altinhos!


O salmão é o mais fácil de cortar porque na carne dele tem umas "linhas" que ajudam a guiar. E a regra é mais ou menos a seguinte: dorso para sashimi, barriga para sushi e makimono. A parte "de baixo" do salmão tem mais gordura e fibra então é melhor não usar para sashimi. O atum vai no olho mesmo, mas é ideal deixar a parte mais fibrosa também para os makimonos.

No mais é experimentar, fuçar na internet vídeos, dicas e receitas e não ter medo de errar. Não importa se   ficar um pouco desajeitado na primeira vez, o gosto vai ser bom igual! Garanto!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Casa de ferreiro...

...espeto de pau. Já dizia o ditado.

Desde que comecei o blog fiquei pensando num jeito de dar uma carinha boa pra ele mas sempre acabei deixando de lado. Designer é péssimo trabalhando para si própio... vai adiando, adiando...
Por isso, aproveitei o domingão que tive que ficar de molho na cama por causa de uma enxaqueca do mal, para dar uma mexida na carinha do blog.

Semana nova, blog novo! E aí, aprovado?!

Espero também estar totalmente nova amanhã para postar coisas gostosas!
Uma ótima semana de muitos posts!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Saudade do gostinho nacional


Apesar de achar ótimo descobrir novos sabores em terras estrangeiras, confesso que as vezes bate uma saudade de algumas coisinhas do Brasil. Nada muito complicado: pastel, frango à passarinho, carne seca, biscoito de polvilho, suco maguary, mate... e por aí vai!

Lógico que sempre tem uma lojinha de brasileiro vendendo muitos produtos e dá para saciar um pouco a vontade, mas nunca achei Fandangos pra vender. Adoro Fandangos de queijo! Aí vi essa foto fiquei com vontade, mas infelizmente esse foi o último pacote que trouxe do Brasil (e foi devidamente devorado meses atrás).

E agora, como é que faz? Tem coisas que só a nossa terrinha faz pela gente, né?!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Coelhinhos de sal e pimenta


Falando em ingrediente fundamental, não dá pra não lembrar da dupla dinâmica: sal e pimenta do reino.

Como estes estão em praticamente TODAS as receitas, precisam estar sempre à mão. Pensando nisso, adquirimos para a geladeira aqui de casa a dupla de imã-coelhinhos-moedores de sal e pimenta. Super prático e ainda dá um charme na feiosinha. 

É ótimo também para levar à mesa e garantir os temperos moidinhos na hora!

A dupla é da marca Chef'n que tem além dos moedores muitos outros acessórios de cozinha coloridos e super estilosos! 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dica para picar cebola sem muito choro!

Um dos ingredientes mais presentes na minha cozinha, sem dúvida, é a cebola. Na minha opinião ela é fundamental à maioria dos pratos e não tem como deixar faltar em casa. 

Mas também poucas coisas são mais odiosas do que picar cebola. Geralmente é aquela choradeira, os olhos embaçam e não se vê mais nada... um perigo para os dedos. Por isso, nada melhor do que tentar picar a cebola o mais rápido possível. Lógico que existem processadores de alimento maravilhosos que picam pequenininho sem dar quase trabalho e outros utensílios com o mesmo propósito, mas as vezes é uma cebolinha só e não justifica sujar a parafernalha toda. Aí vai na mão mesmo!

Com certeza muita gente já sabe, mas para os que ainda não tiveram a chance, eis uma maneira simples de picar cebola (clique na imagem para ver maior):


Essa dica eu aprendi com minha irmã, que por sua vez aprendeu com o chef de um dos restaurantes em que trabalhou aqui em Londres. As imagens do passo a passo peguei no site do Channel 4  que transmite o "The cookery School", programa novo de tv que é um reality show onde pessoas comuns tem que reproduzir os pratos ensinados pelo chef, de onde essa dica foi tirada. Não sei se é porque o programa passa às duas da tarde e a fome ajuda, mas achei as receitas bem interessantes. E estão disponíveis no site junto com muitas outras.

Como o processo é bem rápido, mal dá tempo dos olhos sentirem qualquer efeito da malvada!

Já sabia? Tem outra técnica que super funciona? Gostou?
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