Sorvete na Suécia

Em Estocolmo, mais especificamente em Gamla Stan, o centro antigo, um cheirinho delicioso de canela nos pegou de jeito. Ficamos curiosos e sem saber de onde vinha e começamos a andar pela rua principal procurando de onde vinha aquele cheiro, já com água na boca!

Não demorou muito e encontramos o Café Muren e, dentro dele, a origem da gostosura: casquinhas de sorvete feitas na hora. De um lado os muitos sabores dos sorvetes, do outro uma menina que fazia e enrolava os cones que tinham sabores variados e, naquele instante, estavam sendo preparados os de canela. A produção era ritmada: enquanto a massa estava cozinhando numa chapa a menina já estava tirando de outra e enrolando o cone. Virou uma grande atração com muitas pessoas tirando fotos e experimentando, claro!

Mais tarde acabei percebendo que essa prática das casquinhas frescas não era tão incomum e cheguei a ver em dois outros lugares outras meninas preparando os cones, mas em nenhuma outra sorveteria o cheirinho era tão bom quanto naquela. Sobre a casquinha, tudo que posso dizer é que fez jus ao cheirinho! E os sorvetes, que neste caso atuaram como coadjuvantes, também estavam muito bons!

Suécia - Estocolmo

Depois de fecharmos o capítulo Noruega partimos para a Suécia. Lá a estadia foi curta, apenas três noites em Estocolmo. Fomos recebidos com um tempo ótimo, sol e temperatura agradável.

Andamos bastante pela cidade antiga (Gamla Stan) que, nas suas principais ruazinhas de pedra apinhadas de turistas, oferece muitas opções de lojinhas de souvenir, sorveteria etc e nas outras ruas uma tranquilidade, alguns restaurantes aconchegantes, como se o tempo tivesse parado. As construções da época dão o charme do lugar, localizado numa ilhota ligada por pontes.

Como os dias estavam ótimos e o céu muito azul, tínhamos sol forte até 21h e noite mesmo só lá pelas 23h mas mesmo assim, não chegamos a ver o céu totalmente preto. Isso foi ótimo porque os dias rendiam bastante e ajudava na hora de conhecer lugares um pouco mais afastados do centro.

Fomos, no segundo dia, a Skanden, um museu e zoológico a céu aberto que mostra diferentes modos de vida em diferentes partes da Suécia antes da era industrial. É uma cidade, na verdade, inclusive com atores caracterizados ccom as roupas da época atendendo na panificação (que vende pão de verdade), mercadinhos etc. Muito bacana!

o mercadinho e o posto de gasolina

Já sem tempo e atrasados para pegar o barco de volta ao centro, nos restou passar pela frente do famoso Vasa Museu e deixá-lo para a próxima. O resto do dia seria mesmo para andar pela beira do mar apreciando toda a beleza de Estocolmo.

Noruega - Sobre Bergen

Saimos de Flåm de catamarã rumo a Bergen navegando pelos belos fjordes... Infelizmente o tempo não estava lá grande coisa e até choveu um pouquinho ao longo das quase 6 horas de viagem de barco mas, ainda assim, as paisagens impressionaram bastante! 

Chegar a Bergen de barco foi uma experiência bacana, pois permitiu uma vista que normalmente não teríamos. No nosso guia da escandinávia, na parte sobre Bergen o capitulo é aberto com as seguintes linhas: "No meio de uma chuva torrencial um turista encontra um menino e pergunta: - menino, aqui chove assim sempre? e o menino responde: - não sei, eu tenho apenas 12 anos."

Com essa fama não esperávamos mais mais do que um céu nublado e até digo que tivemos sorte de não pegar muita chuva! Famas à parte, Bergen é uma cidade bem compacta e nas duas noites que passamos lá conseguimos um bom apanhado geral da vizinhança.

Na área do porto funciona um mercado de peixe muito concorrido por turistas de todas as partes e barraqueiros tentando chamar a atenção de todos os jeitos e em todas as línguas. Por lá a variedade é grande: tem salmão, lagostim, caranguejo, caviar, e baleia defumada. BALEIA DEFUMADA.

baleia defumada na banca de peixe

É uma peculiaridade não sei se só de Bergen ou de toda a Noruega, mas lá toda banca de peixe tinha uns nacos da carne da baleia, bem escura, quase preta. Como ainda era muito cedo não provei no mercado mas no almoço, aproveitando que estava lá no cardápio, como entrada, não deixei passar. A carne veio apresentada em pedaços equivalentes a sashimis, acompanhados de uma geléia bem ácida de frutas vermelhas e creme fresco. O sabor dela pura tinha um fundinho de sabão (!!!) mas misturada com o molho e o creme ficava ok. Não é a coisa mais maravilhosa do mundo e nem a pior, valeu a experiência!

baleia defumada no restaurante

E por falar em especialidade norueguesa, não podia deixar de lembrar do bacalhau. Esse é uma figurinha raríssima por lá. É fácil encontrar o bacalhau fresco (cod) mas o salgado (bacalao) não. Seguimos a recomendação de um norueguês que conhecemos no trem de Oslo para Flåm e fomos ao restaurante sugerido, onde teoricamente comeriamos um excelente bacalao. Comeríamos mas não comemos, já que o restaurante estava fechado. O jeito foi procurar em outro lugar e acabamos encontrando no mesmo restaurante que também nos serviu a baleia. Sobre o bacalhau, a posta em si estava muito boa... o problema é que ela vinha mergulhada em muuuuuito molho de tomate, o que acabou apagando o gostinho bom do bacalhau. A conclusão que chegamos é que o bacalhau é mesmo um produto de exportação com pouco interesse para o mercado interno. Pra comer bacalhau é melhor ir pra Portugal! Até rimou!

bacalhau

depois das experiências gastronômicas andamos pela cidade, fomos até o mirante para ter uma vista do alto, passamos pelas ruazinhas da parte alemã próxima ao mercado de peixe, topamos com o Mc Donald's mais charmosinho que já vi e ainda presenciamos várias paradas militares pela cidade (acho que por conta da independência da Noruega que foi naquela semana) e inclusive uma parada gay, um pouco ofuscada pela chuva, mas bastante animada!

 Mc Donald's

Por fim, ates de irmos para o aeroporto, com o objetivo de gastar as ultimas coroas norueguesas, que não nos seriam mais úteis na Suécia, arrematamos um pote de caviar com desconto no mercado! Bom negócio!

Com os bolsos esvaziados com louvor e com a missão noruega-baleia-bacalhau-caviar cumprida, hora de seguir para Estocolmo.

Noruega - Flåm

Tem nome de sobremesa mas não é. Flåm é uma vilazinha enfiada no meio dos Fjordes Noruegueses a noroeste de Oslo. Para chegar lá pegamos um trem de Oslo até Myrdal, onde passamos pelas mais diversas paisagens, inclusive numa região coberta por neve e gelo, a quase de 1.000m de altitude onde estava, inclusive, nevando! E olha que estamos no meio da primavera! Nessas condições nada melhor do que devorar um sorvetinho vendo todo gelo lá fora! Lindo demais!

 Diplom-IS é a marca famosa de sorvete na Noruega

O segundo trecho da viagem é uma descida de trem de Myrdal a Flåm pela Flåmsbana, a linha de trem mais inclinada da europa, que vai de 863m ao nivel do mar numa distância de 20.2km. Ao logo das suas dez estações, vinte túneis e uma ponte, paisagens também de tirar o fôlego: montanhas imensas, vales, quedas d'água (inclusive congeladas) por todos os lados!

Chegando à cidade, uma tranquilidade. Como ainda não estamos na altíssima temporada pouca gente estava cirgulando na cidade alimentada pelo turismo. Nos arredores do hotel, mais paisagem bonita. Fez bem para os olhos! Aproveitamos a calmaria para um jantar no próprio restaurante do hotel, onde serviram sopa de tomate e manjericão de entrada, bacalhau fresco ou carneiro servidos com batatas e vegetais, e de sobremesa torta-sorvete. Gostoso.

Me impressionei muito quando olhei o relógio e, às 23h e cacetada ainda tinha luz no céu... É quase o sol da meia noite! Mais impressionante mesmo foi acordar de madrugada e já estar claro de novo! Pra quem gosta do escuro, não é recomendável vir pra cá no verão!

 caminhada em Aurland

catamarã prontinho

No dia seguinte acordamos cedinho e saimos para uma caminhada em Aurland, cidade próxima, antes de embarcarmos para Bergen numa viagem de mais ou menos 5 horas de catamarã pelos Fjordes, de onde escrevi esse post. Nem preciso dizer que fez bem aos olhos o que vi por aqui, né?!

Curiosidade em Oslo

Uma coisa que me chamou a atenção foi essa embalagem, largada num banco de praça. Achei que tinha uma brasilidade ali e quando vi de perto estava certa: café brasileiro em caixinha. Triplo espresso. Não experimentei, mas será que é bom!?

Sobre a Noruega - Oslo

Finalmente, depois de um trabalhão selecionando fotos e mais fotos vou consguir postar algumas coisinhas sobre a viagem à escandinávia. Só para adiantar foi tudo muito bom, lugares lindos, paisagens fantásticas, sol até quase meia noite... enfim, bacana mesmo! Recomendo o passeio!

Saimos de Londres, muito muito cedo pro aeroporto. Malas despachadas, segurança chatíssima, embarque. Depois de um vôo curto e tranquilo, chegamos a Oslo.

Dia 17 de maio, independência da Noruega. Em Oslo, zilhares de pessoas nas ruas celebrando. Muitas delas vestindo roupas típicas. Bandeirinhas por todos os cantos. Bacana.

Por lá ficamos duas noites. No primeiro dia aproveitamos o clima festivo para caminhar pelo centro – bastante compacto – da cidade. Aproveitamos também para visitar a modernosa Opera de Oslo. Tudo muito bonitinho e o tempo, com um solzinho, ajudou!

No dia seguinte choveu. Mesmo assim andamos bastante pelos arredores. Fomos à surreal pista de saltos de ski, que tem uma inclinação tão absurda que me faz pensar que quem pratica esse esporte não pode bater muito bem, depois andamos pelo parque de Vigeland, vulgo parque das esculturas. Um parque lindo, esculturas idem, super expressivas.

Pena que estava chovendo. Depois ainda pegamos um barquinho para a região dos museus onde conseguimos visitar o museu viking e o do folclore, onde o que deu tempo de ver foi uma igreja anttiga, típica construção norueguesa. Com o nosso barco pronto para zarpar, na maior correria, ficamos sem tempo de ver o museu do Munch... super queria. Fica como desculpinha para querer voltar a Oslo! hehehehe

Sobre comida... bem... a Noruega não é baratinha e comida pesa mesmo no orçamento... acabamos  ficando com a opção lanchinho mc donld's, hot dog, pizza. Teve até sanduiche diferente no Mc Donald's, aguardem o post!

O melhor Ćevapčići do mundo

Esse era um review em um dos restaurantes bem cotados do Trip Advisor. Como a curiosidade matou o gato e eu, se fosse um, já estaria bem mortinha, tratamos de catar o Bistro Odisej. Me deixei levar pelo "bistro" do nome e logo imaginei um restaurantezinho charmoso... não era nada disso: o Bistro Odisej nada mais era do que um grande botecão. Já que estávamos ali, já meio tarde da noite, com medo de perdermos o jantar, resolvemos encarar, afinal tento não ter preconceito com comida e até sou bem chegada numa comidinha de boteco.

Entramos, sentamos e demos de cara com um cardápio que mais parecia uma sopa de letrinha: tudo em croata. Começamos a catar palavras que já sabíamos a tradução e com a ajuda do meu fabuloso app tradutor conseguimos desvendar alguns mistérios... meio em vão já que a garçonete, vendo nossa cara de interrogação, logo sacou um cardápio resumido em inglês.

A partir daí o problema passou a ser o que escolher. Optamos por experimentar o tal Ćevapčići, que não fazíamos idéia do que poderia ser, e uma versão ele só que com frango. Para beber, por recomendação da garçonete, Karlovačo, cerveja croata levinha, super parecida com as brasileiras.

O prato chegou super rápido. Era imenso, espécie de hamburgão só que em vez de um hamburger, várias "mini kaftas" dentro do pão. E não é que o negócio era mesmo gostoso?! Tinha gosto de Big Bob! Ah sim, e o de frango era bem mais sem graça.

 

Só para clarificar: Ćevapčići (leia Cevapititi) é um legado do Império Otomano, encontrado nos países do sudeste europeu. É considerado prato nacional da Bósnia e Sérvia mas é também comum na Croácia, Montenegro, Eslovênia, Macedônia, Bulgária, República Tcheca, Eslováquia e na fonteira da Itália com Eslovênia (nas províncias de Trieste e Gorizia). Geralmente é feito com carne moída bovina e suina e servido com pão branco, cebola e sal.

Se o Ćevapčići do Bistro Odisej é o melhor do mundo eu não sei, mas que era gostoso, ah, isso sim!